terça-feira, 16 de junho de 2020

As relações da China, com os demais países, segue uma linha de respeito à autonomia dos parceiros, por Marcão Fonteles*

As relações da China, com os demais países, segue uma linha de respeito à autonomia dos parceiros, às vezes demonstra que não se importam com ataques, mas são duros na resposta, no tempo certo.

A afirmação de Li Yang, Cônsul da China, no Rio de Janeiro, em abril, respondendo ao Eduardo Bolsonaro, que atacou a China como produtora do coronavírus, através de artigo no jornal Globo não é ameaça, se insistirem em ser inimigos da China eles serão os mais qualificados no combate. 
Registrando que à China não interessa esse choque mas que o “03” demonstra ser ingênuo e ignorante.

Esses ataques tem um custo, ao mesmo tempo que a Republica Popular da China ajudou fortemente diversos países no mundo, como Itália, África, Cuba, não deu o mesmo tratamento ao nosso país. 

Deixamos de ter acesso a respiradores quando precisávamos e tivemos de vê-los seguir para outras nações, igualmente necessitadas, mas que demonstraram respeito ao estado Chinês.

A política da China não é de enfrentamento, ela não entra em guerra armamentista contra os Estados Unidos mas vai, pouco a pouco, se impondo como a maior economia do planeta. 

O debate agora se dá acerca da tecnologia 5G. A China detém o sistema mais avançado, seu adversário os Estados Unidos, tenta correr atrás do prejuízo, querendo ganhar tempo para poder ter um serviço a ofertar. Pressiona os países satélites, onde o Brasil se auto-incluiu, para que esses não façam a compra do produto chinês. Os que seguirem essa ordem correm sério risco de atraso de décadas fora da nova tecnologia. E, para que ? Para atenderem os interesses norte americanos. Atender os interesses de quem demonstra não ter a menor “compaixão” ou respeito ao nosso país. 

Veja o que ocorreu com a pandemia, onde um dos mais fiéis seguidores de Trump nessa crise sanitária foi o Bolsonaro, desde a defesa da cloroquina, sem base científica, sem respeito à violência do coronavírus, rejeitando as orientações da OMS pelo isolamento social. E, ao final, ou na atual quadra, o governo Trump proíbe acesso de brasileira a território norte-americano e usa nosso país como mau exemplo no trato e enfrentamento da pandemia.

Os diversos ataques contra a China, perpetrados pelos membros do clã Bolsonaro e pelos integrantes do governo atual tem um custo, infelizmente para serem pagos pelo povo trabalhador brasileiro e traz prejuízos também para setores aliados de primeira ordem do Bolsonaro, que desenvolvem negócios com a China, que também terão que arcar com parte da conta, que na hora certa será apresentada. *Diretor da CTB e do Sindicato dos Bancários Pará

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