terça-feira, 2 de junho de 2020

RETOMAPARÁ: A REABERTURA ECONÔMICA ALIADA AO BOM SENSO, artigo de Alcindo Júnior*

Alcindo Júnior
O Governo do Estado ao anunciar numa coletiva de imprensa on line, no dia 29 de maio, o seu plano de ação para a retomada da economia em nosso Estado, demonstra a compreensão da necessidade de se flexibilizar as ações para se evitar maiores casos nessa pandemia. O afrouxamento de determinadas ações como o lockdown, não significa a falta de controle do coronavírus. Claro que devemos compreender que, assim como torcemos pela descoberta de uma vacina que combata a Covid-19, devemos entender que vacinas não curam mas previnem. Entendermos esse novo cenário, em tão pouco tempo, foi como um salto de realidade onde tivemos que aprender a lhe dar com um inimigo invisível e altamente letal. 
O discurso do #FicaEmCasa é bonito, mas utópico. Na prática não funciona, tudo é experimental. A curva ascendente de casos confirmados tem seu pico e, naturalmente cairá, diminuindo assim, o número de mortes. Sabedores de que isolar todo mundo é uma falácia vemos, em nosso cotidiano, as pessoas abrindo comércios, feiras lotadas funcionando, pois sabem que o aspecto econômico é primordial sim, para a sobrevivência humana. Portanto o #FicaEmCasa, deve trabalhar a seletividade, focalizar nos grupos de riscos e na conscientização das pessoas que podem se isolar, de forma mais efetiva, em suas residências 
contribuindo, assim, no achatamento da curva para os casos confirmados em nosso Estado. Estamos num cenário em que tudo é novo, os medicamentos usados que não são protocolados pela OMS, tipo Azitromicina, Cloroquina entre outros, não garantem a cura já que tudo está no campo hipotético e permanece no campo das pesquisas. É necessário se entender que, quando nos referimos à “vida”, não deveremos trata-la apenas sob o aspecto biológico. Há outros pilares aí que precisam ser observados e que nos mostram que, se a economia parar, haverá consequências no campo social também.O governo do Estado ao anunciar a partir do dia primeiro de junho, a abertura gradual das atividades econômicas focalizando em 36 segmentos, observa a importância de se preparar o povo paraense para o chamado “novo normal”. Sabemos que a Covid-19 será uma nova realidade que teremos que conviver num mundo pós-pandemia, tal qual o vírus da AIDS que não impediu que as pessoas mantivessem a vida sexual, mas que viram a necessidade da prevenção e mesmo assim, há novos soropositivos todos os anos, fazendo com que a conscientização seja um dos principais fatores para a diminuição de casos. Baseado nisso, mesmo que se consiga descobrir a cura para o coronavírus, não significa que deixará de existir.
Vale ressaltar que o RETOMAPARÁ, foi baseado numa série de estudos e protocolos que viabilizaram o retorno das atividades econômicas. Isso se tornará viável e com resultados satisfatórios, se houver a fiscalização necessária. Tanto que o governo estabeleceu um procedimento operacional padrão, para trabalhadores e empresas como: afastar os trabalhadores do grupo de risco, higienizar as mãos, manter a distância mínima, higienizar os ambientes, estimular o trabalho remoto, entre outros. Todas essas ações serão avaliadas semanalmente e seu resultado será fundamental para futuras decisões, de acordo com o comportamento de cada setor. Um exemplo de que é possível a viabilidade dessa retomada econômica, são os setores de primeira necessidade como os supermercados e farmácias, por exemplo, que vêm funcionando dentro dos critérios estabelecidos pela OMS. Que a saúde é o pilar principal dentro desse cenário pandêmico, disso não tenho dúvidas, mas não podemos esquecer os fatores extras que contribuem e muito, para a plena sobrevivência humana. Não podemos dissociar a importância do aspecto econômico dentro desse contexto, já que quanto mais o tempo passa mais a sociedade sentirá as consequências de uma recessão que reflete o quão o sistema necessita funcionar, mesmo sob aspectos protocolares. O Governo do Estado percebeu que, com a reabertura gradual da economia baseada em três pilares: econômico, saúde e protocolos, é possível se reconstruir de forma racional, a estrutura necessária para o mundo pós-pandemia. 
O RETOMAPARÁ reflete o bom senso ao perceber que o coronavírus é um inimigo a ser combatido, de forma pensada e gradual, mais cedo ou mais tarde. Prudência e racionalidade definem os aspectos fundamentais para a retomada do crescimento econômico em nosso Estado rumo ao “novo normal”.
*Alcindo Junior, é Administrador formado pela UFPA, aluno formado RenovaBR (2019), MBA em Administração e Marketing e MBA em Marketing Político e Organização de Campanha Eleitoral (UNINTER), editor do Jornal Gazeta Metropolitana e Acorda Ananindeua.

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