Via Correio Braziliense
Ministro Alexandre de Moraes, do STF, ordena a soltura de Sara Winter e de mais cinco envolvidos no inquérito que investiga protestos antidemocráticos, mas todos serão monitorados por tornozeleiras eletrônicas. Grupo terá de manter distância da Corte e do Congresso
SP Sarah Peres ST Sarah Teófilo
A extremista Sara Winter estava detida temporariamente desde 15 de junho e deixou o presídio feminino do DF ontem: série de restrições(foto: Arquivo pessoal/ Twitter)
A extremista Sara Winter estava detida temporariamente desde 15 de junho e deixou o presídio feminino do DF ontem: série de restrições
(foto: Arquivo pessoal/ Twitter)
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), não pretende dar trégua a envolvidos em atos antidemocráticos. O magistrado determinou, ontem, a libertação de seis integrantes do grupo bolsonarista 300 do Brasil, entre os quais a líder Sara Winter, mas impôs uma série de restrições a todos.
Além de Sara, estavam em prisão preventiva Emerson Rio Barros dos Santos, Érica Vianna de Souza, Renan de Morais Souza, Arthur Castro e Daniel Miguel (que, segundo a defesa da extremista e dos outros quatro, não integra mais o grupo).
Continua depois da publicidade
Os seis estão proibidos de manter contato com outros alvos do inquérito que apura a organização e o financiamento de protestos que pediram fechamento do Congresso e do STF e intervenção militar. Entre as quais estão blogueiros, empresários e políticos, incluindo deputados federais do PSL, como Carla Zambelli (SP), Bia Kicis (DF) e Daniel Silveira (RJ).
Os liberados ontem terão de pedir autorização para sair para trabalhar e estudar, sendo que, nesse caso, deve ser respeitada uma distância mínima de um quilômetro dos edifícios do Congresso, do STF e das residências e trabalho de outros investigados. Caso os bolsonaristas não cumpram as medidas do Judiciário, poderão ser presos preventivamente.
Sara estava presa desde 15 de junho. A extremista saiu da Penitenciária Feminina do Distrito Federal, a Colmeia, no fim da tarde de ontem, e foi levada para a sede da Secretaria de Estado de Administração Penal do DF (Seap-DF), no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), onde colocou tornozeleira eletrônica, assim como os outros cinco suspeitos, conforme decisão de Moraes.
O magistrado baseou-se em pedido do Ministério Público Federal (MPF) e pontuou que “fica demonstrado o risco à investigação e a necessidade de restrição à atuação dos integrantes do grupo com relação aos fatos aqui investigados”. “Considerando, todavia, a gravidade e reprovabilidade das condutas até agora a eles atribuídas, entendo ser suficiente para a garantia da ordem pública e a regularidade da instrução criminal, a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão, inclusive, com a utilização de monitoração eletrônica.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário