segunda-feira, 6 de julho de 2020

PT de Ananindeua com a juventude, e de combate renovado, por Fernando "Djavan" Assunção*


Juventude petista Monique , Alessadrinha, Gabri

"Os velhos da Praça Matriz não são eternos."
Com derrotas e vitórias, mas sempre aquém do seu potencial no terceiro maior município do Norte, o  PT de Ananindeua se prepara para uma nova eleição em que as brigas internas, cada vez mais por espaço para a sobrevivência dos militantes, ameaça um bom desempenho. Este processo pressiona os petistas a priorizarem acordos dentro e fora da nossa organização e até do nosso campo democrático e popular, gerando também o apego pelo poder na direção partidária, o que dificulta a renovação, além da prioridade ser a política.

Nosso partido já teve a vice-prefeitura e uma bancada de 3 vereadores, porém amarga até hoje uma derrota eleitoral, na última eleição no município, quando ficou sem representação na Câmara de Vereadores. Em vez de somar para que cerca de 2000 mil votos assegurem uma representação no parlamento municipal, a tradição virou fracionar para imedir que um grupo ou liderança alcance o posto.

Por isso, o fracasso de 2016 e o surgimento de pautas e tecnologias desconhecidas pela antiga geração, ou de problemas vivenciados junto com a juventude, impõe a renovação do PT, inclusive porque será necessário criar um corpo de dirigentes e ativistas que conduzam a ideia de Lula adiante. No município, há novos rostos se apresentando para chamar para si continuidade do petismo, assumir as rédeas do partido e para a disputa eleitoral, como a Monique Avila, ativista feminista e formanda em Zootecnia e em Medicina Veterinária; Gabriel Monteiro, ex-coordenador do DCE da UFRA; Naiara Torre, doutoranda pela UFPA; e Alessandra Fernandes, designer, estudante e ativista do movimento cultural .  

Acredito que o PT vai sair maior até voltar a ter uma cadeira no Poder Legislativo, pois o presidente Celio Rodrigues, que é um dos principais nomes para vereador, tem um grande engajamento na juventude, como professor do cursinho popular preparatório para as universidades e concursos públicos de Ananindeua. 

É imprescindível surgirem novas lideranças: negros, mulheres, indígenas, trabalhadores formais e informais, LGBTs, como já aconteceu Brasília. Esse arejamento partidário tem que chegar ao Pará e, sobretudo, à Ananindeua, libertando o PT da lógica do síndico do capitalismo e da capitulação oportunista. * Fernando Djavan, vice-presidente do PT de Brasília e ativista e produtor cultural

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