Via Carta Capital por MARIANA SERAFINI
Desde a infância, Lia Cecília sabe que é filha adotiva. “Sempre me senti muito amada e mimada pelos meus pais e pelos meus irmãos. Não tinha curiosidade sobre a família biológica, mas todos nós estranhávamos as circunstâncias em que cheguei em Belém”. O telefone tocou no momento em que Lia Cecília da Silva Martins estava em uma consulta médica. Era a Polícia Federal. “Na hora, pensei: ‘Meu Deus, o que eu fiz?’”, relembra com uma risada nervosa. A assistente administrativa foi procurada para realizar uma coleta de material genético para um exame de DNA. Estranhou, porque a busca pela família biológica havia sido encerrada há mais de dez anos, quando os exames feitos à época foram inconclusivo. Mesmo hesitante, compareceu à delegacia na esperança de comprovar se o seu pai biológico é, de fato, Antônio Teodoro de Castro, militante do PCdoB que ingressou na Guerrilha do Araguaia e foi visto pela última vez por seus companheiros em 30 de dezembro de 1973.
Enquanto um motorista de aplicativo a conduzia à sede da PF em Belém, Lia Cecília só conseguia pensar na resolução do mistério que a atormenta há mais de 15 anos. “Tinha esperança de, finalmente, saber a verdade” Leia mais
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