quarta-feira, 21 de maio de 2025

Deputada cobra providências da Secretaria de Saúde do Pará e do MS para evitar interrupção no tratamento de pacientes dependentes de bombas de insulina

 


Por Enize Vidigal 

Pessoas portadoras de Diabetes Mellitus tipo 1 (DM1) que dependem do uso de bombas de infusão de insulina, estão sob ameaça de descontinuidade desse tratamento a partir do próximo dia 30 de junho, devido ao fim do contrato com a empresa fornecedora do equipamento e dos insumos. Nesta terça-feira, 20, a deputada estadual Lívia Duarte (PSOL), protocolou, na Assembleia Legislativa do Pará, requerimento para que a secretária de saúde do governo do Pará, Ivete Gadelha Vaz, preste informações sobre a suspensão do fornecimento da bomba de insulina, no estado. Lívia também protocolou moção ao ministro da saúde, Alexandre Padilha, para que seja elaborado um plano de recomendação para protocolo de tratamento e qualificação dos serviços para o atendimento dos pacientes com DM1.

O fim do contrato com a Roche, empresa fornecedora da bomba de insulina e seus insumos, foi informado por um grupo de 100 pacientes de DM1, formado por crianças, adolescentes, adultos e idosos que fazem uso da bomba para tratamento. “Não houve informações formais por parte da secretaria (Sespa) quanto às providências para a manutenção do atendimento, gerando insegurança e aflição aos pacientes do programa que estão com a vida ameaçada”, observa a parlamentar no requerimento.

A DM1 é uma doença autoimune, caracterizada pela destruição das células do pâncreas que ocasiona a deficiência na secreção de insulina, tornando necessário o tratamento de reposição para prevenir acidentes vasculares, cetoacidose, coma e morte. A bomba de infusão é um dispositivo eletrônico que injeta micro doses simulando o funcionamento do pâncreas. Para alguns pacientes, essa é a única forma de tratamento aceita pelo organismo, especialmente entre crianças, sob pena de sofrerem neuropatias, glaucoma e crises renais. Esses pacientes são atendimentos pelo programa do Sistema de Infusão Contínua de Insulina (SICI), que, no Pará, tem o Hospital Jean Bitar como referência.

No requerimento dirigido à Sespa, Lívia Duarte cobra informações sobre a possível descontinuidade do tratamento com a bomba, e, em caso positivo, quais as providências tomadas para a manutenção do tratamento dos pacientes, e qual prazo para retorno do programa. Além disso, a deputada cobra a apresentação de protocolos de tratamento e capacitação de profissionais para o atendimento desses pacientes; assim como um relatório sobre a quantidade de pessoas dependentes do tratamento com bombas de insulina no Pará.

Já na moção dirigida ao MS, Lívia pede o encaminhamento de um plano de recomendação para protocolo de tratamento e qualificação dos serviços para o atendimento dos pacientes dependentes das bombas de insulina que possam garantir a qualidade no atendimento e na qualidade de vida dos pacientes, no estado.

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