Artigo de opinião — AnanindeuaDebates
Um estado rico em recursos, mas ainda prisioneiro de velhas estruturas políticas
O Pará, há décadas dominado por oligarquias familiares e grupos políticos tradicionais, vive um momento decisivo de sua história. O estado pode — e precisa — mudar seu rumo para avançar rumo a um desenvolvimento pleno, democrático e sustentável. Um grande estado deve estar à altura de um país grande.
Enquanto o Pará permanece preso a um modelo político e econômico ultrapassado, milhares de paraenses continuam migrando para o Sul e Sudeste em busca de melhores condições de vida, emprego e saúde.
A realização da COP 30, em Belém, traz uma oportunidade histórica: o mundo estará olhando para o Pará. Mas o evento também expõe as fragilidades administrativas e estruturais do estado. As manifestações dos povos indígenas, no início do ano, colocaram em xeque as políticas do governo do Pará em relação aos povos originários.
É urgente questionar: quando as riquezas minerais, a produção agropecuária e os recursos naturais do Pará serão realmente usados para beneficiar o povo paraense? Por que pagamos uma das energias mais caras do país, mesmo sendo grandes produtores?
O estado precisa reencontrar seu rumo. A juventude paraense necessita de investimentos, oportunidades e esperança para construir um futuro digno. É fundamental olhar com sensibilidade para a população ribeirinha e quilombola, que continua à margem das políticas públicas.
Hoje, há uma clara distância entre o governo e o povo — uma relação marcada por elitismo e indiferença social. O Pará precisa de uma nova liderança, com sangue novo, visão desenvolvimentista e compromisso com as próximas gerações.
O futuro do Pará não pode continuar nas mãos de poucos. É hora de mudar — e fazer do nosso estado um exemplo de prosperidade, justiça social e democracia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário