terça-feira, 10 de maio de 2011

Tribuna de Debate: Dividir o Pará, Sim ou Não? "Criação do Estado do Tapajós será desentrave à economia"




QUEREM CRIAR O ESTADO DO TAPAJÓS
O economista José de Lima Pereira disse que a ausência do poder público em áreas isoladas como o Oeste do Pará, trava o desenvolvimento econômico da região. Estados gigantescos, como Pará e Amazonas, são inviáveis do ponto de vista econômico e administrativo. Para ele, a criação de uma nova Unidade Federativa no Oeste do Pará, mais do que um projeto político, é um projeto de desenvolvimento econômico e social no Norte do Brasil e, a criação do Estado do Tapajós servirá para solidificar a vigilância e a soberania sobre as riquezas, proporcionando o desenvolvimento harmonioso do país; isto se for levada em consideração a distância que separa o Oeste do Pará da capital (Belém) e o futuro do novo Estado - na prática, já se constitui uma unidade com vida própria. 
De acordo com José de Lima, a região Oeste possui 722.358,0 Km² e 1,3 milhões de habitantes (IBGE 2007), 25 municípios com densidade demográfica de 1,81 hab/Km², correspondendo a 58% da área do Estado e cerca de 16% da população do Pará. Em relação à Amazônia, o futuro Estado corresponde a aproximadamente 19% da área total e a nível de Brasil será o 3º maior Estado em extensão territorial. Os 25 municípios correspondem a uma população de 1.304, 803 ( um milhão trezentos e quatro mil e oitocentos e três habitantes), nascendo como o 5º estado mais populoso da Região Norte, com um Produto Interno Bruto(PIB) de R$ 5.173 (cinco milhões cento e setenta e três mil reais) -IBGE 2006, equivalente a 13,14% do PIB do Pará e, ficando a frente de estados como Tocantins, Amapá, Acre e Roraima.

“O Estado do Tapajós já surge com infra-estrutura considerável como 15 aeroportos e um porto de exportação em posição privilegiada - por ter posição estratégica, facilita o escoamento de grãos do Centro Oeste do País -, além de possuir 1/3 das áreas de várzea cultiváveis com um grande potencial de produção em cidades como Santarém, Monte Alegre, Alenquer, Itaituba e Belterra e com reservas minerais estimadas em torno de US$ 257 milhões/ano, que correspondem a 13% da produção total do Pará (CEAMA 2007), além de ter um grande potencial turístico em municípios localizados no Pólo Tapajós”, afirmou. 
Segurança - Segundo o economista, a força política da região crescerá muito em Brasília e os municípios poderão ter representantes mais próximos, porque o Tapajós passará a contar com 1 Governador, 3 Senadores, 8 Deputados Federais, além de uma bancada Estadual de representantes dos diversos municípios da região, totalizando 28 deputados e com o centro das decisões ficando mais próximo dos municípios, as fronteiras brasileiras poderão ser melhor guarnecidas. 
“Na geração de emprego e renda poderão ser criados mais de 84.600 novos postos de trabalho, sendo distribuídos da seguinte forma: Implantação do Estado, 55.678, com salário base de R$ 1.056,40, gerando uma renda anual de R$ 705.818. 870,40: serão gerados pela União cerca de 12 mil empregos, com salário base de R$ 1.567,67 e renda anual R$ 225.744.480,00; além dos empregos gerados pelos municípios que ficarão em torno de 29.350, com salário base de R$ 587,40 e renda anual de R$ 206.882. 280,00. O custo da construção de órgãos públicos, se a capital for implantada em Santarém com o Palácio Tapajós, Assembléia Legislativa, Tribunal de Contas do Tapajós, Secretarias de Governo, Tribunal de Justiça do Tapajós, Máquinas e Equipamentos e prédios auxiliares, além de outros equipamentos, ficaria em torno de R$ 954.758. 785,60, mas se for em outra cidade, fica em torno de R$ 4,5 bilhões de reais” disse.
Artigo  publicado no Jornal Diário do Pará (01/06/07)

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