Orlando Silva de Jesus Júnior, ou simplesmente Orlando Silva, (Salvador, 27 de maio de 1971) é um político brasileiro e atual ministro do Esporte. Começou sua trajetória no movimento estudantil, tendo sido presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) de 1995 a 1997. É filiado ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), e casado com a atriz Ana Cristina Petta, com quem tem uma filha.
Orlando Silva cursou o secundário no colégio estadual João Florêncio Gomes, em Salvador, sua cidade-natal. Em 1988, organizou e dirigiu um grêmio, através do qual reivindicou a presença de professores na Secretaria Estadual de Educação e, nesse mesmo ano, filiou-se ao Partido Comunista do Brasil.
Em 1989 ingressou na faculdade de Direito na Universidade Católica de Salvador. De 1990 a 1991, foi membro da diretoria do Centro Acadêmico Teixeira de Freitas. Nesse último ano, foi eleito para a direção do DCE da sua universidade, onde permaneceu até metade de 1992. Foi eleito tesoureiro da União Nacional dos Estudantes, e no ano seguinte ocupou o cargo de diretor de comunicação, até que, em 1995, foi eleito presidente da UNE. Era a primeira vez que um negro ocupava o cargo de presidência da UNE. A eleição foi marcante também porque significou o início da hegemonia do PCdoB no movimento estudantil.
Durante a gestão de Orlando na presidência da UNE, a entidade engajou-se na luta contra diversos projetos do governo relativos à educação. No início de 1996, a UNE novamente se manifestou contra o Exame Nacional de Cursos (o provão) e contra mudanças no currículo das escolas técnicas. Sua temporada na presidência foi marcada pelas tentativas da UNE de tentar suspender o provão; em uma delas a entidade entrou com uma ação de inconstitucionalidade, com o apoio da Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior. Mesmo com esta mobilização a ação foi indeferida. A liderança da UNE então lançou uma campanha para boicote da prova, pedindo que os estudantes a entregasse em branco, organizou piquetes por todo o país, e a invasão de algumas salas de aula, impossibilitando a avaliação por parte do governo tucano.
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