Via Dol online
Um grupo de mães de pacientes que sofrem de
uma condição conhecida como puberdade precoce, quando a criança produz
hormônios em excesso ainda muito jovem, afirma estar enfrentando um
problema. Geralmente recebendo o medicamento para o tratamento
gratuitamente, através do Estado, elas afirmam que em março não tiveram
acesso ao remédio, complicando a situação dos filhos.
"A medicação Triptorrelina 3,75 mg é dada
todo mês, na Unidade de Referência Especializada Materno Infantil
(Uremia), mas esse mês não nos foi dado, e servidores do local afirmaram
que não há previsão de entrega", afirma Susi Barros, mãe de uma menina
de 9 anos que sofre com a condição. "Os servidores afirmaram que o
Estado não recebeu a medicação. Nos entramos em contato com a
distribuidora do remédio, mas ela afirmou que há o medicamento, sim, só
não foi feita nenhuma solicitação pelo Estado para o envio dos lotes".
A medicação atua no organismo controlando a
produção dos hormônios que atuam no desenvolvimento do corpo. A produção
desregulada pode causar problemas às crianças, principalmente garotas.
"A doença traz uma série de problemas. No
caso das meninas, uma menstruação precoce, interrupção do crescimento e
infertilidade. Problemas associados à velhice também aparecem mais cedo.
A criança também desenvolve curvas mais cedo, sendo mais suscetível a
abusos, além dos danos psicológicos. Há casos de crianças que tentaram
se suicidar".
As mães ainda afirmam que é difícil encontrar o remédio em farmácias de Belém e, quando há, cada ampola custa mais de R$ 500.
O grupo de mães chegou a realizar um pequeno
ato na manhã desta quinta-feira (31), em frente ao Ministério Públio do
Estado, onde também pediram uma audiência com um promotor.
O DOL entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde Pública e aguarda posicionamento.
O DOL entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde Pública e aguarda posicionamento.
(DOL)
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