quinta-feira, 31 de março de 2016

Mães relatam falta de medicamento em Belém

Via Dol online

Um grupo de mães de pacientes que sofrem de uma condição conhecida como puberdade precoce, quando a criança produz hormônios em excesso ainda muito jovem, afirma estar enfrentando um problema. Geralmente recebendo o medicamento para o tratamento gratuitamente, através do Estado, elas afirmam que em março não tiveram acesso ao remédio, complicando a situação dos filhos.
"A medicação Triptorrelina 3,75 mg é dada todo mês, na Unidade de Referência Especializada Materno Infantil (Uremia), mas esse mês não nos foi dado, e servidores do local afirmaram que não há previsão de entrega", afirma Susi Barros, mãe de uma menina de 9 anos que sofre com a condição.  "Os servidores afirmaram que o Estado não recebeu a medicação. Nos entramos em contato com a distribuidora do remédio, mas ela afirmou que há o medicamento, sim, só não foi feita nenhuma solicitação pelo Estado para o envio dos lotes".
A medicação atua no organismo controlando a produção dos hormônios que atuam no desenvolvimento do corpo. A produção desregulada pode causar problemas às crianças, principalmente garotas.
"A doença traz uma série de problemas. No caso das meninas, uma menstruação precoce, interrupção do crescimento e infertilidade. Problemas associados à velhice também aparecem mais cedo. A criança também desenvolve curvas mais cedo, sendo mais suscetível a abusos, além dos danos psicológicos. Há casos de crianças que tentaram se suicidar".
As mães ainda afirmam que é difícil encontrar o remédio em farmácias de Belém e, quando há, cada ampola custa mais de R$ 500.
O grupo de mães chegou a realizar um pequeno ato na manhã desta quinta-feira (31), em frente ao Ministério Públio do Estado, onde também pediram uma audiência com um promotor.
O DOL entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde Pública e aguarda posicionamento.
(DOL)

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