segunda-feira, 10 de abril de 2017

Robgol relembra proposta do Verdão, inicio de Dani Alves e fala da vida atual



Ex-jogador do Paysandu, Santos e Bahia chega aos 47 anos, se torna agente de jogadores e relembra proposta do Palmeiras em negociação com Vagner Love
10/04/2017 20h36 - Atualizado em 10/04/2017 21h20
Por Jorge Sauma, Ingo Muller e Kaio Rodrigues*
Belém
No currículo invejável de Robgol tem o Santos de Diego e Robinho e o Paysandu que fez história ao vencer o Boca Juniors em plena Buenos Aires, pela Copa Libertadores. Agora, aos 47 anos, o ex-jogador vive o saudosismo de relembrar todas as boas histórias vivenciadas no mundo da bola e revela que tentar a carreira de agente de atletas juntamente com um amigo que conquistou no tempo em que atuou no Japão, no Oita Trinita.    
– Eu estou com algumas ideias, venho conversando com o Tinho, que é meu amigo desde quando jogávamos juntos, e disse para ele que tinha vontade de fazer um curso de gestão esportiva. Desde ai a gente vem programando isso para acontecer em breve. Em paralelo, eu tenho o meu trabalho, em parceria com um agente FIFA, que é o Cláudio, que foi meu tradutor no Japão, e nós estamos agenciando alguns jogadores. Sabemos que no Norte tem muito garoto com qualidade, porém, eles não ganham oportunidades. Então com esse contexto a gente espera ajudar muitas pessoas – explicou.   
A vida fora de campo está encaminhada em todos os aspectos, inclusive financeiro, mas, claro, não repete o mesmo sucesso quando estava dentro dos gramados. Robson recorda uma de suas melhores fases na carreira. Foi no Paysandu em 2003, quando o clube paraense disputava a Série A e ele era artilheiro do campeonato ao lado de Deivid, à época no Cruzeiro. Segundo o ex-jogador, o Palmeiras procurou a diretoria do Papão para tentar levá-lo. A contrapartida do Porco envolvia ninguém menos que Vagner Love, ainda dando os primeiros passos.    
O Palmeiras fez uma proposta financeira para o Paysandu e em contrapartida, para me levar, oferecia mais quatro jogadores, sendo um deles o Vagner Love, mas o (Arthur) Tourinho (presidente do Paysandu na época) não gostou muito e não houve o acordo. Eu queria ir, porque era o Palmeiras, eu queria ajudar, escrever uma nova história. Como não vingou tudo bem"
Robgol, ex-atacante 
– Antes de ir para o Japão o Palmeiras me procurou. Um diretor veio para Belém, conversou comigo. Eles precisavam de um homem gol. Estavam na Série B do Brasileiro e queriam o acesso a todo custo. O Palmeiras fez uma proposta financeira para o Paysandu e em contrapartida, para me levar, oferecia mais quatro jogadores, sendo um deles o Vagner Love, mas o (Arthur) Tourinho (presidente do Paysandu na época) não gostou muito e não houve o acordo. Eu queria ir, porque era o Palmeiras, eu queria ajudar, escrever uma nova história. Como não vingou tudo bem. Permaneci no clube e só depois fui para o Japão. No caso do Vagner, ele acabou ficando por lá, começou a fazer gol e depois todos sabem da história dele né? Chegou a seleção e teve uma carreira vitoriosa. Coisas do futebol e só Deus sabe o que vai acontecer – revela.    
Quem também aprendeu um pouco com o ex-jogador foi Daniel Alves, lateral-direito da Seleção Brasileira e do Juventus. Amigos desde o começo dos anos 2000, quando a dupla jogava pelo Bahia, Robson revela que o então menino já demonstrava personalidade forte e “brigava” pelas cobranças de faltas com os medalhões do time Nonato, Pretto e Sérgio Alves.    
– Quando eu estava no Bahia o Daniel (Alves) treinava conosco no profissional. Ele havia acabado de subir da base. É um cara fantástico e do bem. A Seleção foi jogar em Natal e ele me convidou pra assistir e me chamou para ir assistir jogos na Europa. Falou para eu ir pra casa dele. 'Só pega um avião e deixa o resto comigo'. Eu disse que ia, mas tenho muita preguiça desses deslocamentos (risos). Acredito que seja por causa de quando era jogador e viajava muito, e a gente acaba criando até medo de avião, de viagens. Então, voltando a falar sobre o Daniel, é um cara que tenho um carinho enorme. A reciproca é verdadeira, pois a gente até hoje conversa por whatsapp. O que admiro nele é a personalidade forte, desde a base. Eu e o Pretto batíamos as faltas e ele já queria bater. Com 17 e 18 anos brigava com a gente e ficava com raiva porque a gente não deixava. Só não se metia nos pênaltis porque eu era o batedor oficial. Então essa personalidade o ajudou. No ano seguinte foi para o Sevilla e Deus o abençoou com essa linda trajetória – finalizou.                
*Kaio é estagiário do GloboEsporte.com

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