sábado, 20 de outubro de 2018

Marqueteiro do PSDB diz que TSE sabia do uso ilegal do WhatsApp nesta eleição


Foto: Agência Brasil

Jornal GGN - O marqueteiro do PSDB Marcelo Vitorino afirmou em entrevista ao Correio Brasiliense que o Tribunal Superior Eleitoral foi informado do uso ilegal do WhatsApp durante a eleição de 2018, mas não adotou nenhuma medida para fiscalizar que o escândalo tomasse a proporção do que foi denunciado pela Folha de S. Paulo na quinta (18).

O jornal mostrou que empresas estão investimento na compra de pacotes de disparo em massa de mensagens no WhatsApp, para favorecer a candidatura de Jair Bolsonaro. Ataques contra o PT teriam sido programados para ocorrer na véspera do segundo turno. Um único contrato desse tipo de serviço poderia chegar a R$ 12 milhões.

Como o financiamento empresarial foi proibido no Brasil, essa ação dos empresários pode configurar caixa 2 em favor de Bolsonaro. Além disso, não se sabe se eles estão utilizando base de dados adquirada ilicitamente - é proibido usar contatos que não estejam na lista de partidos e candidatos.

Ao Correio, Vitorino disse que o TSE foi informado por várias fontes do uso irregular das bases de dados, impulsionamento pago por empresas e disparos em massa com conteúdo falso. "Todas as pistas de que isso ocorreira foram apresentadas, mas não se fez nada."

Segundo o consultor de marketing digital da campanha de Geraldo Alckmin, há menos de 50 empresas no Brasil que fornecem plataformas de disparo em massa no WhatsApp, o que significa que, para o TSE, não seria tão difícil acompanhar e investigar essas agências.

Nesta sexta (19), o WhatsApp noticiou as agências citadas na matéria da Folha e suspendeu a conta delas no aplicativo, para investigação. A empresa que cuida oficialmente do marketing de Bolsonaro também será investigada, informou a Folha.

Já o TSE programou uma coletiva de imprensa nesta sexta para falar do caso pela primeira vez, mas adiou o encontro para domingo (20) com a desculpa de conflito de agendas dos participantes.

O Ministério Público Eleitoral informou, no final da tarde de quinta (18), ao GGN, que irá atuar nas ações apresentadas ao TSE por partidos e candidatos. O MPE não quis se posicionar sobre a revelação feita pela Folha.

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