Via Sindicato dos Urbanitarios/PA
Desumanidade, crueldade e perversidade, essas são as motivações utilizadas pela Celpa Equatorial para demitir pais e mães de família em plena pandemia. A empresa tem um lucro extraordinário, tem facilidades do governo federal como linhas de crédito e expande cada vez mais o seu mercado. Não tem motivos para jogar trabalhadores e trabalhadoras no desemprego.
Até o dia 20 de julho, tivemos informação de que a Celpa Equatorial jogou 26 pessoas ao amargo mundo do desemprego. As demissões aconteceram em todas as cinco Regionais onde a empresa tem atuação, com sedes em Belém, Castanhal, Marabá, Santarém e Altamira.
LUCRO - De janeiro a março deste ano, o lucro da Equatorial Energia saltou em 106,8% em relação ao mesmo período do ano passado. O lucro passou de R$ 213 milhões para R$ 440 milhões. A Equatorial Energia terminou o ano de 2019 com lucro líquido de R$ 2,4 bilhões.
A companhia divulgou seus resultados com destaque para o EBITDA, que praticamente dobrou, chegando a R$ 4 bilhões. Ou seja, temos um grupo empresarial que poderia sim exercer o que chama de responsabilidade social e desenvolvimento do Estado, iniciando em casa, mantendo e valorizando seus empregados/as. Mas a perversidade é maior.
MP 936 - A empresa que não precisa demitir, muito menos colocar em prática a Medida Provisória do governo da morte, a MP 936. Eles tentaram com que o Sindicato dos Urbanitários do Pará fechasse um acordo dando-lhes autorização para demitir. “O Sindicato não aceitou, não aceitará e não se calará diante de demissões injustas, sem motivos e que desprezam o direito ao trabalho sobretudo em tempo de pandemia, situação que reduz postos de trabalho e eleva o nível de desemprego e consequentemente de empobrecimento e desigualdade social”, critica o presidente do Sindicato..
DIVIDENDOS - Na semana passada, em assembleia ordinária dos acionistas, a empresa aprovou a distribuição de dividendos referentes ao ano de 2019 no valor de R$ 323,2 milhões, correspondente a R$ 0,3199683 por ação, o que prova que tem dinheiro sobrando e não tem necessidade de demitir ninguém, nem agora em plena pandemia e nem manter essa política de demissões nas empresas do grupo.
Ao contrário de outras áreas, nesse quadro de pandemia, as empresas do setor de energia nada perdem, pois tiveram reajuste de tarifa, financiamento para bancar as contas de consumidores de baixa renda, linha de crédito (socorro emergencial ao setor elétrico) via BNDES (R$ 15,5 bilhões) e a liberação pela Aneel de R$ 1,47 bilhão para as distribuidoras de energia o repasse de recursos do fundo de reserva para alívio de encargos. E tem mais, a Equatorial Energia registrou um crescimento de 6,2% nas vendas de energia elétrica no primeiro trimestre deste ano.
INTERSINDICAL - Nem o Sindicato dos Urbanitários do Pará nem a Intersindical Equatorial aceitam demissões no Grupo que ganha dinheiro todos os dias em todos os meses, mas não para de demitir, de descartar pessoas que ajudaram no ganho do lucro bilionário. Ocorreram demissões, além do Pará, no Maranhão, Piauí e Alagoas.
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