terça-feira, 13 de agosto de 2024

Movimentos sociais protestam pela liberação dos ônibus elétricos, nesta quarta, 14

 


Via ASCOM - Vários movimentos sociais irão realizar um ato pela liberação dos ônibus elétricos comprados pela Prefeitura de Belém, nesta quarta-feira, 14 de agosto. A concentração inicia às  9h da manhã, na Praça da Brasil. Os manifestantes irão seguir em passeata até o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), onde esperam dialogar com os conselheiros de contas para reivindicar o acesso aos ônibus elétricos. 

Após a licitação para a aquisição de 30 ônibus elétricos com ar condicionado e wi-fi e de conseguir os recursos necessários junto ao governo federal, dez ônibus elétricos foram comprados, sendo que cinco chegaram a Belém. Mas a ex-deputada federal pelo MDB, Ann Pontes, que assumiu uma cadeira de conselheira do TCM por indicação do governador Helder Barbalho, logo após a licitação, decidiu barrar o contrato de compra dos veículos. A decisão se mostrou impopular.

“Estamos organizando um ato com diversas entidades nacionais e representações estadual e municipal, unificando estudantes, trabalhadores, movimento sindical, movimento de juventude, estudantil, de mulheres, lideranças de bairros na luta em defesa do transporte público de qualidade social, que inclui a liberação dos ônibus com ar condicionado”, declarou o presidente estadual da Central dos Trabalhadores e das Trabalhadoras do Brasil (CTB), Cléber Rezende. 

“O movimento avalia que se a licitação se desenvolveu com a fiscalização do TCM até a compra e entrega dos ônibus, não é cabível tentar impedir o seu funcionamento, de colocar em movimento na cidade. Muito nos causa estranheza, órgãos, como o TCM, a partir de conselheiros nomeados pelo governador e o seu aspecto político da linha de atuação no Pará, de tentar impedir a circulação desses ônibus, que estão em Belém”, acrescentou o dirigente sindical.

Os movimentos sociais se reuniram na noite da última terça-feira, 12, no Sindicato dos Urbanitários, para deliberar sobre o ato.

Já a coordenadora executiva do Fórum Nacional de Segurança Alimentar dos Povos Tradicionais de Matriz Africana (Fonsanpotma- Belém), Iyanifá Ghys de Nánà, que também é dirigente da Intersindical no Pará, disse que os movimentos sociais não aceitam a decisão do TCM, pois consideram “cruel, imparcial e injusta com a população”. 

“A gente entendeu que essa decisão prejudica a população de Belém e, nós, da sociedade civil organizada, vamos fazer o ato para dizer ao TCM que essa decisão é inaceitável, injustificável e desrespeitosa. Esperamos que os conselheiros tenham a mínima sensibilidade de escutar a população. Os ônibus elétricos são o início de uma nova etapa na mobilidade urbana, com ônibus elétricos com wi-fi e ar condicionado que garantem mais qualidade de transporte e mais qualidade de vida”, completou.

A Prefeitura de Belém, pela primeira vez na história, está constituindo uma frota própria para o município que irá contribuir sobremaneira para a gestão da mobilidade urbana. Além disso, os coletivos modernos oferecem mais conforto e segurança à população, sem falar na vantagem ambiental de não emitirem ruídos e poluentes.

Ao todo, a frota própria de Belém que está sendo constituída pela Prefeitura, conta com 217 ônibus, sendo 30 elétricos e os demais são veículos a diesel no modelo mais moderno do mercado, o Euro 6, que emite menos poluentes em comparação aos demais modelos. Os recursos para a aquisição desses veículos foram garantidos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC Mobilidade), do governo federal, e por financiamento contraído junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

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