No fim de semana, lideranças escancararam o desentendimento em público.
Ciro Nogueira, presidente do PP, defendeu que apenas Tarcisio de Freitas e Ratinho Júnior são as alternativas reais na mesa de Bolsonaro, em entrevista ao Globo (com paywall).
Ronaldo Caiado (foto) acusou o golpe: disse que Ciro não é o porta-voz de Bolsonaro e que faz isso pois quer ser candidato a vice.
Romeu Zema, por sua vez, comentou a troca de farpas, ao dizer que o único adversário do campo da direita deveria ser Lula.
Por que importa: Essas divergências de prazo e interesses tornam o cenário incerto, enfraquecem a articulação da direita e deixam Lula em uma posição confortável.
O risco de perder parte da direita num eventual conflito fratricida pode pesar na decisão de Tarcísio, que tem uma reeleição tranquila para o governo de São Paulo.
Os demais, que também teriam candidaturas competitivas para o Senado, por exemplo, se preocupam com o fogo amigo vindo do campo mais bolsonarista.
Pela frente: Todos apostam que estarão todos juntos em um eventual segundo turno, apesar da briga para definir quem será o representante da direita.
Numa eleição apertada, qualquer disputa no próprio campo — mesmo que marginal e restrito a uma franja mais radical — pode custar caro para o candidato.
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