Analistas políticos avaliam que esse período prévio é, muitas vezes, mais determinante do que o próprio calendário oficial da campanha. E, no caso do Pará, há um claro sentimento de mudança que o prefeito de Ananindeua tem conseguido capitalizar. Defendendo a formação de uma frente ampla contra o “barbalhismo”.
Já a pré-candidatura de Éder Mauro enfrenta dilemas. Sua elevada rejeição torna arriscada uma disputa ao governo, sobretudo diante da possibilidade de garantir com mais segurança a reeleição para a Câmara ou até mesmo buscar uma vaga ao Senado. Apesar disso, ele segue como um ator relevante e um dos grandes cabos eleitorais em qualquer composição de forças.
A situação mais delicada é a da vice-governadora Hana Ghassan. Mesmo com o apoio do governador e a estrutura do governo estadual impulsionando seu nome em agendas oficiais, ela não consegue ultrapassar a marca dos 20% nas pesquisas. Sua ausência na COP30 chamou atenção. Ou Helder Barbalho decidiu concentrar para si todo o protagonismo político do evento — embora o presidente Lula tenha assumido os holofotes —, ou a pré-campanha da vice enfrenta algum tipo de crise interna.
O cenário para a disputa ao governo do Pará promete fortes emoções. De um lado, um jovem médico que se firmou como gestor eficiente e transformou Ananindeua, consolidando sua imagem pública. Do outro, a vice-governadora, que ainda busca uma identidade política própria, mas permanece à sombra do governador.
Quanto a Éder Mauro, poucos apostam que ele arriscará ficar sem mandato — porém sua força eleitoral continuará sendo fundamental para qualquer projeto majoritário em 2026.

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