sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Serenata do Carmo, Vamos Bailar

Entrevista com Pedrinho Calado, cantor e compositor e um dos músicos paraenses mais premiados em festivais pelo Brasil. Pedrinho é diretor do departamento de música da Secretaria de Cultura do Estado e um dos organizadores da Serenata do Carmo.


AnanindeuaDebates – Pedrinho, o Governo do Estado, através da Secretaria de Cultura, está resgatando a Seresta do Carmo. Não sei se é este o termo que vocês estão usando, para um evento que foi um marco do Governo do Povo na área cultural.


Pedrinho Calado - Vamos dizer assim, estamos reeditando a Seresta do Carmo, que é um grande anseio da população de Belém. Esse grande projeto que começou como seresta, agora denominamos serenata. Tem essa nova cara com a função de extrapolar o muro da serenata, será uma grande programação cultural, com exposição, oficinas, mostras de cinema, literatura, poesia, artesanato. A Serenata, ela vem hoje mexer com toda cadeia produtiva cultural, além também de mexer com a questão da economia informal, que estará ali no largo vendendo produtos da culinária paraense, artesanato e outros, gerando emprego e renda.

Nesse projeto estamos em parceira com a Casa Civil do Governo do Estado e Associação de Moradores da Cidade Velha.


AD – Pedrinho, a realização da Seresta no tempo da prefeitura era toda última sexta-feira do mês. Qual será a periodicidade da Serenata do Carmo?


Pedrinho Calado - Também será toda última sexta-feira do mês, começando agora dia 30 de outubro. A partir das 18 horas teremos programação infantil, depois mostra de cinema, vamos ter Interseção Poética com Juracy Siqueira, shows com a cantora Albinha Maria, com o Trio Panassoma, que é um trio que tem no seu repertório choro e músicas de serenata, vamos ter Guitarradas do Pará, teremos o grupo Lira de Ouro, muito tradicional nas serenatas, eles tocam samba-canção, bolero e um repertório variado. Será um grande momento de lazer e uma festa da cultura popular.


AD – Pedrinho, sucesso e obrigado.

SERENATA DO CARMO

30 DE OUTUBRO DE 2009


PROGRAMAÇÃO


EXPOSIÇÃO: CÍRIO, PATRIMÔNIO IMATERIAL.

Local: Museu do Círio

Hora: das 10h às 18h

ATIVIDADES NA ÁREA DE PATRIMÔNIO

ATIVIDADE INFANTIL

18h Brincadeiras de Histórias

PRAÇA DO CARMO

19h Mostra de Cinema

20h Os Quentes da Madrugada (Santarém Novo)

20h30 Interseção Poética

21hTrio Panassoma (choro

22h Guitarradas do Pará

23h Alba Maria

00h Lira do Ouro

2 comentários:

Anônimo disse...

Parabenizo o Governo do Estado pelo resgate desse brilhante projeto que foi/é a SERESTA DO CARMO. Trata-se de um instrumento instigante para a cultura, principalmente para a nossa cultura regional.
Quando deixou de ser realizada cheguei a conversar com algumas lideranças da Cidade Velha acerca de sua retomada. Disseram-me que era difícil, pois quem arcava com tudo era o poder público municipal durante a então gestão do Governo do Povo. Apoio digno de elogio, mas que fez a SERESTA ficar dependendo exclusivamente da Prefeitura.
Os moradores da Cidade Velha, através de sua entidade, deviam assumir o projeto na condição de protagonistas, e não como coadjuvante, como foi naqueles anos. Podiam tomar a frente de tudo, captar patrocínio, apoio junto ao próprio poder público e a iniciativa privada. Por tudo que a SERESTA representou e representa merecia obter apoio através das Leis de Incentivo, como: as Leis Rouanet, Tó Teixeira, Semear. Mas a sua realização sempre ficou sob a responsabilidade da prefeitura.
Apoio do poder público sempre é louvável. Todavia, não se pode ficar nessa dependência. Se houvesse esse cuidado, talvez a SERESTA DO CARMO não ficasse durante todo esse tempo no ostracismo. Espero que a sua retomada seja consistente e, que, independentemente de quem esteja na gestão, seja do Município ou Estado, ela possa continuar existindo sob a coordenação da sociedade civil com o apoio das instituições públicas e privadas.


MANOEL BAZANE
Técnico em Gestão e Produção Cultural

Anônimo disse...

O governo resgatando a Cultura Popular, que foi destruida pelos tucanos e duciomar.

Claudio Menezes