Deu no Blog do Nassif.
Por Nilva
Hoje, 24 de abril, Maria da Conceição Tavares faz 80 anos
Por Nilva
Hoje, 24 de abril, Maria da Conceição Tavares faz 80 anos
Maria da Conceição Tavares faz 80 anos
Algumas pérolas da Conceição : “Este é um governo de merda, mas é o meu governo, merda” (IstoÉ, 2005)
” Os modelos de desenvolvimento que experimentamos desde há 50 anos eu não quero que se repitam mais, não me amolem” (Seminário CDES, 2006)
“Ainda tem quem ache que pressão social é estratégia política, como esse sociólogo, que foi presidente, escreveu em seu último livrinho” (Seminário CDES, 2006)
” Já chega, já temos tanto tempo de transição democrática quanto tivemos de ditadura, cadê a democracia?” (Seminário CDES, 2006)
José Luís Fiori
“Eu pessoalmente já fui para a cadeia, sem nem saber porque, dado que sou apenas uma rebelde, pelo que escrevo, pelo que esbravejo. Mas a vocês quero dizer o seguinte: já estou velha e cansada, mas não desisti. Não desisti ! Eu acho que tem que estudar mais, aprofundar, aprofundar a análise, batalhar”*
Maria da Conceição Tavares completa 80 anos no dia 24 de abril de 2010. Matemática, economista, intelectual com vasta formação histórica, filosófica e literária, professora, militante, deputada federal, torcedora fanática do Vasco e admiradora da Portela, Maria da Conceição se transformou nos últimos 50 anos, numa figura pública emblemática e numa referência decisiva na vida cultural e intelectual brasileira. Conceição nasceu num povoado, no interior de Portugal, perto de Anádia, na região de Aveiro. A família de sua mãe era católica e monarquista, mas seu pai era anarquista, e essa divisão familiar, ideológica e política marcou toda a sua infância, vivida em plena ditadura salazarista e durante a Guerra Civil espanhola.
Em 1953, Maria da Conceição se graduou em Matemática, na Universidade de Lisboa e pouco depois se mudou para o Brasil, aos 23 anos de idade, alguns meses antes do suicídio de Getulio Vargas. Em vários depoimentos sobre sua vida, Conceição confessa que se deixou envolver imediatamente pelo “otimismo brasileiro da década de 50″ e pela intelectualidade carioca; apaixonada pelo sonho de Brasília, do Plano de Metas, da Bossa Nova e do Desenvolvimentismo, cantado em verso e prosa nos salões intelectuais do Rio de Janeiro, liderados pela geração de Darcy Ribeiro, Mario Pedrosa e Aníbal Machado. Ao lado dos nacional-desenvolvimentistas do Instituto Superior de Estudos Brasileiros – ISEB, e da geração de cientistas que começava a se reunir em torno da SBPC.
Em 1960, Maria da Conceição Tavares se formou em Economia na Universidade Federal do Rio de Janeiro onde foi aluna e assistente de Otavio Gouveia de Bulhões, ao mesmo tempo em que trabalhava com Inácio Rangel e com os economistas heterodoxos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE). Um pouco depois, já no escritório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, Cepal, no Rio de Janeiro, Conceição estabeleceu relações pessoais e intelectuais definitivas com Celso Furtado, Aníbal Pinto, e Raul Prebish. E foi assim, com um pé na ortodoxia neoclássica, o outro na heterodoxia estruturalista e com uma forte formação marxista e keynesiana que ela ingressou no debate econômico latino-americano ao publicar, em 1963, um artigo clássico, sobre o “auge e o declínio do processo de substituição de importações”, onde ela explicava, de forma pioneira, os limites estruturais da estratégia de industrialização que era preconizada – naquele momento – por quase todos os economistas desenvolvimentistas.(…)
http://www.joaopaulo.org.br/201003242008/artigos/a_mestra_com_carinho.html
Maria da Conceição de Almeida Tavares (Anadia, 24 de abril de 1930) é uma economista portuguesa naturalizada brasileira.
É também professora-titular da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e professora-emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Filiada ao Partido dos Trabalhadores, Maria da Conceição já foi deputada federal pelo estado do Rio de Janeiro e é autora de diversos livros sobre desenvolvimento econômico.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_da_Concei%C3%A7%C3%A3o_Tavares
(…)Como polemista, Conceição é notável, mistura rara de razão, franqueza e paixão. Com ela, qualquer contato parece breve: duas perguntas bastaram para alimentar, por exemplo, esta hora e meia de conversa com Ciência Hoje, realizada no intervalo entre uma aula e uma reunião política, dias antes de sua posse como diretora do Instituto de Economia Industrial da UFRJ. É lá, no “velho casarão”, onde se formou economista, que pretende dedicar-se daqui para a frente à “pensar o futuro”: “o presente o povo está mudando. Portanto, pode haver futuro… A guerra agora é essa…”(…)
Maria da Conceição Tavares completa 80 anos no dia 24 de abril de 2010. Matemática, economista, intelectual com vasta formação histórica, filosófica e literária, professora, militante, deputada federal, torcedora fanática do Vasco e admiradora da Portela, Maria da Conceição se transformou nos últimos 50 anos, numa figura pública emblemática e numa referência decisiva na vida cultural e intelectual brasileira. Conceição nasceu num povoado, no interior de Portugal, perto de Anádia, na região de Aveiro. A família de sua mãe era católica e monarquista, mas seu pai era anarquista, e essa divisão familiar, ideológica e política marcou toda a sua infância, vivida em plena ditadura salazarista e durante a Guerra Civil espanhola.
Em 1953, Maria da Conceição se graduou em Matemática, na Universidade de Lisboa e pouco depois se mudou para o Brasil, aos 23 anos de idade, alguns meses antes do suicídio de Getulio Vargas. Em vários depoimentos sobre sua vida, Conceição confessa que se deixou envolver imediatamente pelo “otimismo brasileiro da década de 50″ e pela intelectualidade carioca; apaixonada pelo sonho de Brasília, do Plano de Metas, da Bossa Nova e do Desenvolvimentismo, cantado em verso e prosa nos salões intelectuais do Rio de Janeiro, liderados pela geração de Darcy Ribeiro, Mario Pedrosa e Aníbal Machado. Ao lado dos nacional-desenvolvimentistas do Instituto Superior de Estudos Brasileiros – ISEB, e da geração de cientistas que começava a se reunir em torno da SBPC.
Em 1960, Maria da Conceição Tavares se formou em Economia na Universidade Federal do Rio de Janeiro onde foi aluna e assistente de Otavio Gouveia de Bulhões, ao mesmo tempo em que trabalhava com Inácio Rangel e com os economistas heterodoxos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE). Um pouco depois, já no escritório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe, Cepal, no Rio de Janeiro, Conceição estabeleceu relações pessoais e intelectuais definitivas com Celso Furtado, Aníbal Pinto, e Raul Prebish. E foi assim, com um pé na ortodoxia neoclássica, o outro na heterodoxia estruturalista e com uma forte formação marxista e keynesiana que ela ingressou no debate econômico latino-americano ao publicar, em 1963, um artigo clássico, sobre o “auge e o declínio do processo de substituição de importações”, onde ela explicava, de forma pioneira, os limites estruturais da estratégia de industrialização que era preconizada – naquele momento – por quase todos os economistas desenvolvimentistas.(…)
http://www.joaopaulo.org.br/201003242008/artigos/a_mestra_com_carinho.html
Maria da Conceição de Almeida Tavares (Anadia, 24 de abril de 1930) é uma economista portuguesa naturalizada brasileira.
É também professora-titular da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e professora-emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Filiada ao Partido dos Trabalhadores, Maria da Conceição já foi deputada federal pelo estado do Rio de Janeiro e é autora de diversos livros sobre desenvolvimento econômico.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Maria_da_Concei%C3%A7%C3%A3o_Tavares
(…)Como polemista, Conceição é notável, mistura rara de razão, franqueza e paixão. Com ela, qualquer contato parece breve: duas perguntas bastaram para alimentar, por exemplo, esta hora e meia de conversa com Ciência Hoje, realizada no intervalo entre uma aula e uma reunião política, dias antes de sua posse como diretora do Instituto de Economia Industrial da UFRJ. É lá, no “velho casarão”, onde se formou economista, que pretende dedicar-se daqui para a frente à “pensar o futuro”: “o presente o povo está mudando. Portanto, pode haver futuro… A guerra agora é essa…”(…)
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