Via Blog Evidentemente de Jadson Oliveira. À maneira dos neoconfederados que nos Estados Unidos assassinam religiosos negros, no Brasil está germinando uma direita religiosa, pentecostal, intolerante, defensora dum modelo político e civilizatório retrógrado. São antipetistas puros, homofóbicos, mais ou menos nostálgicos da ditadura e clamam pelo impeachment.
Por Darío Pignotti – no jornal argentino Página/12, edição impressa de hoje, dia 4
À maneira dos neoconfederados que nos Estados Unidos assassinam religiosos negros, no Brasil está germinando uma direita religiosa, pentecostal, intolerante, defensora dum modelo político e civilizatório retrógrado. São antipetistas puros, homofóbicos, mais ou menos nostálgicos da ditadura e clamam pelo impeachment.
Esta semana, enquanto a presidenta viajava de costa a costa norte-americana, mais de 300 deputados, liderados pelo evangélico Eduardo Cunha do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), votaram por uma reforma constitucional que permita a redução da maioridade penal de 18 a 16 anos. Dias antes de fazê-lo haviam rezado em meio do recinto da Câmara dos Deputados. E no Senado o Partido da Social-Democracia Brasileira (PSDB), do candidato derrotado em 2014 Aécio Neves e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, impulsionava uma lei que retira da Petrobras as atribuições especiais nos mega-campos de águas profundas (pré-sal), cedendo ao lobby das petroleiras estrangeiras, em particular as norte-americanas.
Foram duas iniciativas destinadas a desgastar mais ainda o poder do Palácio do Planalto e gerar as condições para uma saída antecipada de Dilma, uma aposta exorbitada e pouco realista, já que não contam, segundo demonstram os gestos de Obama, com o respaldo da Casa Branca.
Tradução: Jadson Oliveira
(Nota publicada no Página/12 junto da matéria postada acima sob o título ‘Dilma voltou com o respaldo que necessitava’)
Jadson às 16:52
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