Em seu enterro não havia velas:
Como acendê-las, sem a luz do dia?
Em seu enterro não havia flores:
Onde colhê-las, nessa manhã fria?
Em seu enterro não havia povo?
Como encontrá-lo, nesta rua vazia?
Em seu enterro não havia gestos:
Para e inerte a minha mão jazia
Em seu enterro não havia vozes:
Sobre censura estava a salmodias
Mas a luz e flor e povo e gesto e canto
Responderão “presente”, chegada a primavera
Mesmo que tardia!
Aninha Montenegro (amiga de Marighella)
Um comentário:
Está de parabéns este blog por contar e divulgar personagens da história recente que os aparelhos ideológicos do Estado (escola, mídia, etc)fazem questão de ocultar, omitem até dos livros didáticos.
Fazer o povo reconhecer seus heróis e entender as circunstâncias em que morreram contribui para elevar a consciência das masssas e inspira as lutas do presente.
toco
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