Prof. Antonio Carlos* |
O PODER DESLOCA-SE PELA DIVISÃO DO PARÁ
“Saquear os cofres públicos para os desinteressados é ideia comum, mas para os que melhor observam, sem denunciar a transgressão, é covardia.”
O Estado do Pará vivenciará um plebiscitário em 11 de dezembro do ano corrente e poderá dar partida ao estabelecimento definitivo a sua integração territorial, ou a sua divisão em dois novos Estados. Além do já existente, a secção resultaria no Estado do Carajás e no Estado do Tapajós, ou um, ou outro. Dentre as manifestações em defesa da divisão do território, está a ânsia pelo poder e a busca por mais negócios rentáveis, ideias que se coadunam com um suposto plano dos Barbalho, confiado à articulação do deslocamento político de Helder, prefeito de Ananindeua, para governar o pretendido Estado de Carajás.
Ao analisar o suposto plano para alcançar Carajás, queremos reforçar nossa divergência e manifestar preocupação com a possibilidade da ocorrência do estranho deslocamento de Helder para governar o novo Estado. Pois, visto pelos possíveis fatos, estaria em curso a utilização indevida de recursos públicos para a campanha pró - Carajás? Esperamos que não, isto só aumentaria o volume das improbidades cometidas nas instituições públicas, denunciadas no Pará. Além do que Ananindeua é um município marcado pelo abandono das obras estruturantes.
Para o italiano Antonio Gramsci, estudioso marxista, o poder político e econômico na perspectiva de um grupo hegemônico requer, para assim impor-se à implantação de várias formas persuasivas entre os menos abastados com utilização das ferramentas de controle da opinião pública. Para tanto, aparelharam-se à nova ordem, as instituições administrativas e politicas, os meios de comunicação de massa e todo tipo de marketing existente para estabelecer hegemonia no sentido de assegurar poder.
Destacamos no plano dos Barbalho a configuração de uma aventura em busca de mais poder político e econômico na guarda do novo Estado, quando Helder mal se livra da impopularidade adquirida em consequência do descaso com as politicas públicas de Ananindeua com apenas 500 mil habitantes. E Jader que obsessivamente ostenta poder, mas é considerado ficha suja pelos recentes despachos do STF, estaria usando a figura de Helder de gestor público bem sucedido eleitoralmente para se refazer no poder no possível Carajás?
Talvez, Jader e Helder queiram movimentar interesses privados em prol do grupo situado na administração pública pelo exercício das ações politicas há muitos anos, o que tem marcado o histórico dos barbalho no percurso da aquisição de hegemonia .
Analisamos na direção que Jader comanda o deslocamento de Helder para praticar fanfara de poder, visto que há um histórico indicador contido nos fatos da história do Pará desde a década de 1980, que levam a esta interpretação e são citadas pela grande imprensa e tribunais de justiça. Entre fanfarras e improbidades cometidas, os fatos indicam malicias na passada administração do Estado do Pará, nas instituições constituídas de grande volume de recursos públicos como na SUDAM, BANPARÁ, INCRA. No espaço privado, o Grupo faz fanfarra na RBA de Comunicações, Jornal Diário do Pará e TV Tapajós. Agora, visa deslocar riquezas, se criado, ao Estado de Carajás.
Carajás, se criado, dividirá com o Estado do Pará seu PIB equivalente a apenas 1,4% do produto interno brasileiro. Então, imaginemos que serão três Estados dividindo este percentual ínfimo. Serão três insignificantes percentuais sob o ponto de vista econômico e geopolítico brasileiro e não colaboram para a melhoria da qualidade de vida do povo que reside no sul e sudeste do Pará. Diferentemente disto, devemos apostar na melhor da distribuição de renda e dos imediatos recursos públicos destinados pela União ao Estado. Lutarmos para sermos bem tratados e respeitados na condução administrativa e politica dos governos do Pará. Então, esse debate tem até o condão de despertar as lideranças paraenses em busca do respeito do governo brasileiro na condução do repartimento das novas receitas, como os recursos provenientes do Pré Sal em favor do Pará.
Os Barbalho, no atual cenário, em vez de se empenharem na luta por mais recursos ao Pará, tramam para dividi-lo, a fim de governar Carajás, a segunda maior área territorial da separação, cuja capital seria Marabá, com projeções de PIB de R$19,3 bilhões do novo Estado. Ora, reclamamos, em Ananindeua, o prefeito Helder não deu conta de pavimentar 80% das vias urbanas, tratar a água consumida por gente, sanear esgotos que continuam a céu aberto, promover espaços de cultura de qualidade social, efetivar leis reguladoras do uso do espaço público, garantir o direito à segurança da população e implantar os organismos de controle para a fiscalização dos recursos públicos, e sendo Ananindeua um município com população equivalente a três vezes menos que Carajás com 1,6 milhão de habitantes, o que faria o prefeito no novo Estado?
A aventura por Carajás pelo grupo que governa Ananindeua significa, a nosso ver, estranhos interesses na postulação de administrar recursos financeiros que estarão disponíveis no orçamento de um futuro Estado pobre pois, dividirá 1,4% de toda riqueza acumulada no Brasil. Mas, parece interessar aos planos dos que perseguem novos espaços de poder em favor dos objetivos particulares. E aqui, consiste nossa denúncia: não interessam aos Barbalhos aqueles que amargarão fracassos sociais na inconsequente divisão, eles apostam na divisão do Estado que ajudaram a destruir economicamente, dentre outros fatores, fanfarrando-se entre seus recursos públicos. Outro ponto da denúncia para ser investigada pela justiça estadual refere-se aos investimentos para a campanha em favor da aventura por Carajás.
Então, é possível que investidores aventureiros também arrematem dos cofres públicos recursos destinados à educação, à saúde e obras do PAC para eleger o novo Estado? É bom estarmos atentos como têm sido os ministros do Supremo Tribunal Federal que dão conta e evitam o retorno de Jader ao senado, denunciado pela malversação dos recursos públicos, conforme publica também a justiça estadual no caso dos desvios e fantasmas da Assembleia Legislativa. A nosso ver, os Barbalho iniciam mais um ciclo de maldades no investimento da divisão do Pará, visando acumular mais riquezas e ostentar poder na aventura de Carajás.
*Antonio Carlos Barros é professor Mestre em Educação em Políticas Públicas (UFPA) e presidente do PSOL em Ananindeua.
11 comentários:
Ei vcs tao me subestimando nem Chicao e nem Pioneiro é Professor Vladi 33 PMN e nao tem pra ninguém!!!!!
Não é atoa que os medalhões da política paraense estão em cima do muro. Farinha pouca meu pirão primeiro. Concordo com o ACM.Mas tem outros aqui na metropolitana, se escondendo, só esperando a oportunidade.
ei vladi tu teve noventa votos para vereador.te toca irmao.ass Roberto bastos seduc.
Quanta besteira, como se perde tempo, tu e o escrevente destas bobagens, não conhecem o Helder. Ele é terminentemente contra a separação de nosso Estado, como tem pretenções de governar o Estado sem a divisão, não se manifesta. Se fosse favorável e este besterol que escrevestes fosse verdade ele estaria abraçando a campanha pro separação.
Vai tentar aparecer com outra besteira que não essa.
Ei falador de bobagens, o Helder é contra a Divisão do Estado! vcs já estiveram melhor de informação!!!
Tenho que concordar, égua da viagem do ACB!
O (des)prefeito Helder é o presidente da FAMEP e está há algum tempo em campanha pelo estado.
Inclusive o (des)prefeito está mais fora de Ananindeua que aqui para governar nosso município, que sente todo o descaso e abandono administrativo.
Não vou entrar no mérito da corrupção, senão precisaria de muito espaço para elencar todos seus desmandos autoritários.
Se o (des)prefeito é mesmo contra a divisão QUE SE MANIFESTE PUBLICAMENTE!
É claro que ele não terá coragem nem decência para fazê-lo!
Por enquanto, o silêncio obsequioso de Helder é prova das pretensões do arqui corrupto PMDB no estado!!!
Cadê a posição da família Barbalho, que manda no PMDB? Cadê Priante, Elcione e Jáder neste debate?
QUEM CALA CONSENTE!!!
Parabéns ACM!
Quem decide sobre os planos do PMDB no Pará não são os seus cabos, eleitorais e os "puxas" de plantão, sim os Barbalhos, participem mais...
Anônimo
O dabate sobre a divisão do Estado já começou na mídia, quero ver a posição explícita do Diário do Pará( PMDB) do O Liberal eu conheço, é contra a DIVISÃO.Manifesta Diário!responde Helder!
Jader Barbalho e a divisão do Pará
terça-feira, 22/12/09 – 18h55
por Luiz Alho
O artigo assinado por Jader Barbalho no Diário do Pará, domingo, (20/12/2009), caderno Belém, A-11, é a maior prova de quão delicado é o caminho da opinião dos políticos quanto à divisão do Estado do Pará. Experiente, Jader pauta sua posição de uma forma que não o comprometa diante dos prós e dos contras: a favor do plebiscito e o seu resultado. Posição essa, da maioria dos políticos desta terra, com raras e louváveis exceções. Votado em todo o Estado, fica difícil assumir uma posição contrária; não ao plebiscito, mas, à separação propriamente dita, principalmente às vésperas de um ano eleitoral.
Entrando no debate da Divisão do Pará.
Enquete divulgada pelo blogspot, set/2011, revela que dos 8 deputados estaduais do PMDB perguntados, 3 estão neutros, Simone Morgado é uma, diga-se de passagem, e 5 são a favor da divisão, os dados apontam a favor da divisão. Será que Jader e Helder apostam na divisão do Pará? e se escondem.
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