Via site do Sintepp
Categoria suspende greve, mas a
luta continua
O Sintepp informa que a
categoria, reunida em assembleia geral na noite desta sexta-feira (5),
deliberou pela suspensão da greve na Rede Estadual de ensino que chegou ao 51º
dia letivo de paralisação no último dia 03.06.
Foram 73 dias de luta e
resistência aos ataques do governo Jatene|Helenilson (PSDB), por isso a
Coordenação Estadual do sindicato parabeniza os educadores paraenses que
enfrentaram de cabeça erguida a arrogância de um governo que não tem
compromisso com a educação pública e esclarece que o retorno à sala de aula na
segunda-feira, 8, se dá com a certeza de que chegamos ao momento de buscar
outra ferramenta de luta que garanta a mobilização.
A partir de agora a prioridade do
sindicato será a organização por local de trabalho, com a escolha dos
representantes por escolas, para manter o mesmo nível de denúncia da
precariedade do ensino a que nossa comunidade escolar vem sendo submetida por
este governo irresponsável e ilegítimo.
O Sintepp agradece a colaboração
dos artistas, poetas e da sociedade que acompanhou o acampamento no Hangar
encerrado nesta sexta-feira, 5, que contou com roda de conversa com os
estudantes, oficina de fanzine do Solar das Artes e bate papo literário com os
escritores Jorge André e Nazareno Tourinho. A ação contou com o apoio dos
professores das EE. Celso Malcher e Serra Freire.
A Seduc tenta impor calendário de
reposição sem negociação com a categoria através da Instrução Normativa
001/2015-SAEN/SEDUC. A referida Instrução prevê, entre outras coisas, que o
calendário seja discutido em cada Unidade Escolar, que deve ser aprovado pelo
respectivo Conselho Escolar, levando em consideração os dias paralisados. Este
calendário impõe aulas em todos os sábados, indo até o dia 15/07. Aponta para
que o ano letivo de 2015 deve ser encerrado até fevereiro de 2016. Ainda
informa que estas aulas serão pagas aos professores como Hora Extra.
Ficaria a cargo das direções
encaminhar o calendário das reposições, a ser aprovado pelo Conselho Escolar,
para as USE’s, URE’s e SAEN, que homologaria o calendário. As direções também
notificariam pais e alunos da necessidade da reposição e acompanhariam a mesma
em conjunto com os gestores de USE’s E URE’s.
O governo só não explica como
garantirá esta reposição sem a participação efetiva de nossa categoria.
Jatene/Helenilson sabem que ao descontar salários, impedem a garantia deste
direto aos alunos, visto que nossa categoria se negará a repor as aulas.
Nossa leitura é a de que o
governo não está nem um pouco preocupado com o prejuízo das medidas por ele
adotadas até aqui.
Devemos dizer de forma bastante
clara e precisa que se o governo não negociar o não desconto dos dias
paralisados, nós não reporemos as aulas, com um incalculável prejuízo aos
educandos e à educação no Pará.
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