Acontece neste final de semana em Sumaré (SP) o Congresso da
CSP Conlutas, ligada ao PSTU e outras organizações de esquerda. O Congresso debate
linhas políticas para os trabalhadores que lutam pelos seus direitos. A Central
vem organizando "Dia Nacional de Lutas e
Paralisações" contra as políticas do Governo Dilma. Umas das bandeiras da CSP
Conlutas é realizar uma Greve Geral no Brasil contra as políticas adotadas pelo
governo Dilma/Levi que vem tirando direitos dos trabalhadores (Ajuste fiscal e
terceirizações). Segundo a Folha de São Paulo a CSP Conlutas foi a Central que
mais cresceu no Brasil. AD
Via site da CSP Conlutas
Plenária aprova resoluções sobre conjunturas internacional e
nacional, e opressões
Resultado de plenárias e assembleias regionais que
percorreram todo o país e se transformaram em 88 resoluções, aconteceu na tarde
da última sexta-feira (05/06) a plenária deliberativa sobre as conjunturas
internacional e nacional do 2º Congresso da CSP-Conlutas. Também foram votadas
as resoluções relacionadas aos temas de opressões e juventude.
Discutidas nos grupos no primeiro dia e votadas na plenária
do segundo e terceiro dias,a partir desta plenária, a preparação política da
Central para o próximo período passa a ser apoiada em elaborações aprovadas
neste Congresso.
No plano nacional, por exemplo, a Central reafirma a análise
de que está em curso um processo histórico de ruptura da classe trabalhadora
com o governo Dilma e o PT. Diante da enorme contradição entre as promessas
eleitorais e a política do governo federal, que tem sido de duro ataque aos
direitos do povo brasileiro, os trabalhadores vão à luta e abre-se um momento
especial e histórico na disputa da direção do movimento de massas.
A partir desta conclusão, uma das tarefas da Central e suas
organizações é romper a falsa polarização política entre PSDB e PT, uma vez que
ambos governam para os ricos e poderosos. É isso o que explica, por exemplo, os
ajustes fiscais em plano federal, mas também nas esferas estaduais como são os
casos de São Paulo e Paraná.
Neste sentido, como ação prática foi novamente colocada na
ordem do dia a construção de uma greve geral. Para isso, segue válida e
necessária a política de unidade e exigência com as demais centrais para que
enfrentem a retirada de direitos através da luta direta das massas.
No plano internacional, intimamente conectado com a situação
pela qual atravessa o país, destacou-se que nesses setes anos (desde a “bolha
imobiliária” de 2008) a Europa e até mesmo os EUA têm tido como principal
política atacar os direitos e as condições de vida dos trabalhadores.
Entretanto, com um elemento muito positivo: a classe
trabalhadora, tendo como exemplos expressivos os povos da Grécia, Portugal e
Espanha, não apenas nunca deixou de lutar, como deu um salto de qualidade nos
enfrentamentos com os planos de austeridade.
Fruto da crise que cai nas costas dos explorados e
oprimidos, as políticas anti-imigração dos governos imperialistas precisam ter
uma resposta da classe, pois a luta contra essas medidas é inseparável da luta
dos demais trabalhadores. Neste sentido, a CSP-Conlutas dedicará atenção
especial a este tema.
Um dos destaques do tema internacional foi a aprovação, por
ampla maioria e grande entusiasmo, da resolução pela retirada das tropas da ONU
do Haiti, sob a bandeira do ‘Fora, Minustah!’. Isso porque a proposta de texto
foi feita pela União Social dos Imigrantes Haitiano (USIH), entidade que a
CSP-Conlutas vem ajudando a se consolidar no Brasil – um dos principais países
escolhidos como refúgio pelos haitianos.
Uma ação prática importante para fortalecer o
internacionalismo da central é avançar no processo de construção da Rede
Sindical Internacional de Solidariedade e Lutas – iniciativa que desde 2013 tem
envolvido nossa central, aliada à CGT do estado espanhol e à central sindical
francesa Solidaires, num esforço com mais sessenta organizações, sindicatos,
tendências e agrupamentos sindicais para se constituir uma alternativa de direção
internacional para a classe.
Em meio a algumas polêmicas, o que rendeu diversas
intervenções, tivemos dois temas (mulheres e LGBTs) nos quais as resoluções não
precisaram ser defendidas pelos proponentes, pois houve acordo em incorporar
todas as propostas. A decisão foi aclamada pelos delegados e observadores
presentes, reafirmando a luta contra o machismo, racismo e homofobia como um
dos pilares da Central.
Por conta das discussões alongadas, o que estendeu o horário
da plenária, a votação das incorporações sugeridas pelos grupos foi realizada
na manhã de sábado (06/06). Os acréscimos e supressões foram aprovados em bloco
e por tema.
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