Em entrevista recente ao podcast do Jornal Digital Ananindeuadebates, o coordenador de projetos do Fórum da Amazônia Oriental (FAOR), Marquinho Mota, chamou atenção para o tema. Segundo ele, a exclusão dos municípios metropolitanos do planejamento oficial da conferência representa uma oportunidade perdida.
“A participação dessas cidades no debate e na infraestrutura do evento poderia baratear hospedagens, alimentação e o fluxo de visitantes na capital, além de distribuir os benefícios econômicos e sociais”, destacou Mota.
O governo federal investiu cerca de R$ 6 bilhões em obras e ações voltadas à COP30. Entretanto, a concentração da organização nas mãos do governo estadual resultou em Belém como epicentro absoluto da infraestrutura, dos contratos e das decisões.
Enquanto isso, as cidades vizinhas — que também compõem o tecido urbano e ambiental da capital — ficaram à margem, sem acesso direto aos recursos ou projetos estruturantes.
Mesmo assim, algumas iniciativas locais surgiram. Ananindeua e outros municípios organizaram debates “pré-COP30”, buscando discutir sustentabilidade, mobilidade e inclusão social a partir da realidade metropolitana.
A crítica central é que a descentralização dos investimentos poderia não apenas ampliar o alcance da conferência, mas também deixar um legado mais duradouro para toda a Região Metropolitana, e não apenas para Belém.
 

 
 
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