quinta-feira, 30 de outubro de 2025

Por que as cidades da Região Metropolitana de Belém foram excluídas da COP30?


Redação Ananindeuadebates - Ananindeua, Marituba, Benevides, Santa Bárbara do Pará, Santa Izabel do Pará, Castanhal e Barcarena compõem a Região Metropolitana de Belém. A pergunta que ecoa entre gestores, movimentos sociais e especialistas é: por que essas cidades ficaram de fora dos debates, dos investimentos em infraestrutura e das verbas públicas da COP30?

Em entrevista recente ao podcast do Jornal Digital Ananindeuadebates, o coordenador de projetos do Fórum da Amazônia Oriental (FAOR), Marquinho Mota, chamou atenção para o tema. Segundo ele, a exclusão dos municípios metropolitanos do planejamento oficial da conferência representa uma oportunidade perdida.

“A participação dessas cidades no debate e na infraestrutura do evento poderia baratear hospedagens, alimentação e o fluxo de visitantes na capital, além de distribuir os benefícios econômicos e sociais”, destacou Mota.

O governo federal investiu cerca de R$ 6 bilhões em obras e ações voltadas à COP30. Entretanto, a concentração da organização nas mãos do governo estadual resultou em Belém como epicentro absoluto da infraestrutura, dos contratos e das decisões.

Enquanto isso, as cidades vizinhas — que também compõem o tecido urbano e ambiental da capital — ficaram à margem, sem acesso direto aos recursos ou projetos estruturantes.

Mesmo assim, algumas iniciativas locais surgiram. Ananindeua e outros municípios organizaram debates “pré-COP30”, buscando discutir sustentabilidade, mobilidade e inclusão social a partir da realidade metropolitana.

A crítica central é que a descentralização dos investimentos poderia não apenas ampliar o alcance da conferência, mas também deixar um legado mais duradouro para toda a Região Metropolitana, e não apenas para Belém.


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